NAVEGUE PELA COBERTURA EDUCOMUNICATIVA REALIZADA POR 100 ADOLESCENTES DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO


13 de maio de 2008

Ricardo Kotscho Jornalista e Conselheiro do I Fórum Internacional de Comunicação e Sustentabilidade

Sei que este título não é dos mais chiques, mas foi a forma que encontrei para chamar a atenção dos meus colegas jornalistas, sempre tão envolvidos com as denúncias, crimes bárbaros, maracutaias e futricas do dia-a-dia. Sem querer ensinar o padre-nosso aos meus caros amigos vigários da imprensa (no bom sentido!), penso que temos duas maneiras no nosso trabalho de mudar o mundo para melhor no campo da sustentabilidade, esse palavra feia que virou moda, para a qual ainda não encontrei sinônimo melhor: denunciando tudo que está errado e que coloca em risco nossa sobrevivência neste planeta ( desmatamento, aquecimento da terra, queimadas, poluição, desperdício), um trabalho que já vem sendo feito com muita dedicação; a outra maneira, que ainda é muito rara de se ver, é fazer reportagens sobre as muitas experiências brasileiras positivas, em todas as regiões do país, para melhorar a relação do homem com o meio ambiente, que no fundo é disso que se trata. Devemos, sim, continuar denunciando tudo que tem de errado, e cobrar providências, não só das autoridades de plantão, mas dos diferentes segmentos da assim chamada sociedade civil. Somos todos igualmente responsáveis.Mas é preciso também, ao mesmo tempo, sair um pouco das redações, largar o telefone e a internet, afastar-se dos grandes centros e circular pelo país para mostrar o que temos de bom em termos de sustentabilidade, experiências que podem servir de estímulo e exemplo para outras pessoas. Para fazer isso, não tem outro jeito: tem que tirar mesmo a bunda da cadeira, e ir lá onde as coisas novas - boas ou rins - estão acontecendo agora, descobrir lugares e personagens que estão escrevendo uma nova história, não ficar só repetindo sempre os mesmos velhos temas que congestionam o Google.Não me conformo de encontrar mais repórteres estrangeiros do que brasileiros sempre que vou fazer reportagens na Amazônia _ ou em qualquer outro fundão do Brasil, onde os repórteres só costumam aparecer em tempo de secas ou enchentes e, os políticos, de eleições. Nós repórteres, temos essa missão de mostrar aos brasileiros o que estamos fazendo do Brasil para que amanhã, se e quando o mundo acabar, ninguém poder dizer que não sabia do perigo

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